A alguns anos atrás, eu me sentei na varanda da casa do meu avô, onde ele se
encontrava. Eu pedi para ele me contar uma história de fantasma. Ele falou que
me contaria duas, e que as duas eram verdadeiras. Algum tempo depois o meu avô
faleceu, então em sua homenagem, eu vou contar as duas histórias para vocês.
História #1:
A mãe do meu avô tinha só 9 anos quando isso aconteceu com ela, então foi lá por
volta de 1870. Para voltar da escola ela tinha que passar perto de uma grande
floresta. A mãe dela sempre ia pegar ela na escola. Um dia, quando elas estava
voltando da escola, eles viram uma mulher bem estranha do lado da estrada. Ela
estava berrando e xingando ela mesma. Um pouco depois ela pulou em uma árvore e
começou a subir ela. Quando ela estava no topo da arvore ela começou a gritar
"Eu vou pegar vocês duas!!!" Então ela começou a pular de galho em galho,
passando de uma árvore para a outra
Isso assustou tanto as duas que elas voltaram correndo para casa. Quando
chegaram lá trancaram toda a casa e se esconderam no quarto.
Elas acabaram dormindo lá dentro, com medo de sair de lá. Quando elas acordaram,
a mãe da minha bisavó pegou uma espingarda que eles tinham no quarto e foi ver o
resto da casa. Quando ela chegou na lavanderia, ela encontrou uma janela
quebrada. No meio do chão da lavanderia tinha uma espécie de "ninho" feito com
as roupas sujas deles. A mulher louca tinha dormido ali o dia inteiro.
história #2:
A minha bisavó já era um pouco mais velha quando isso aconteceu.
Ela estava no milharal que tinha na casa dela, colhendo milho, quando ela
decidiu dar uma parada para descansar. O milharal tinha uma trilha em forma de Y
que passava pelo meio dele, e os vizinhos tinham o costume de passar por ela
para cortar caminho. Ela estava perto da trilha quando ela viu uma figura se
movendo na direção dela. Quando a figura chegou mais perto ela viu que era o
irmão dela. Ela gritou para ele de onde estava "Oi César!" Ele sorriu para ela e
seguiu o caminho dele. Depois de um tempo ela voltou para casa e resolver ver a
correspondência, que ninguém via já tinha um tempo. No fundo da pilha de cartas
ela encontrou uma que já tinha mais de uma semana. Ela abriu e leu somente a
primeira linha:
Ilma Sra Cristina,
Sinto em lhe informar que o seu irmão César faleceu a alguns dias atrás.
Joseph - Ribeirão Bonito - S.P.